Este governo está a repensar toda a rede de abastecimento de veículos eléctricos, em particular, os postos de carregamento que têm um custo elevado. Tirar o melhor aproveitamento do que existe actualmente será o caminho a seguir.
Toda a rede Mobi-e está a ser avaliada e estão em estudo alternativas. Como é óbvio, chegaram à conclusão que os utilizadores de veículos eléctricos, carregam as baterias nas suas garagens de casa ou mesmo no parque do seu local de trabalho. Os pontos de carregamento também têm os seus pontos negativos que são a fraqueza perante actos de vandalismo e o estacionamento ter custo superior ao do que é pago pelo carregamento.
Com cerca de 1000 postos de carregamento instalados, o actual governo pretende reajustar o programa e explorá-lo melhor.
A venda de automóveis baixou drásticamente, mas onde a baixa foi mais acentuada foi precisamente nos veículos eléctricos, baixando em cerca de 65% nos primeiros seis meses deste ano em comparação com os mesmos seis meses de 2011.
Uma das grandes metas era precisamente tornar Portugal num ícone em termos de mobilidade eléctrica. Hoje, essa meta é pura ficção. Têm de ser criadas condições para a população em geral, aderir e compreender que os veículos eléctricos ajudam-nos a depender menos dos combustíveis fósseis, reduzir a presença do CO2 melhorando o ar que se respira e reduzindo o ruído citadino.
O incentivo financeiro para aquisição de um carro eléctrico era de 5.000 euros mas o actual executivo, por força das medidas de austeridade, terminou com ele.
Parece estarmos virados de costas em relação à maioria dos países que mesmo atravessando uma crise a nível global, não deixaram caír por terra o investimento na mobilidade eléctrica. Um pouco por todo o mundo, tomam-se medidas que insentivam cada vez mais o uso de veículos eléctricos.
De líderes e exemplo a seguir, passamos a ser o mau exemplo a não seguir.
Os transportes são um dos maiores e pesados responsãveis pelo consumo de energia em Portugal. Já não falando do CO2 libertado e que continua a arrastar-nos para os piores lugares no renking de países conscientes e que lutam por um Planeta mais Saudável.