Neste momento, a resposta é quase de certeza que sim, mas da Califórnia à Austrália, campanhas locais estão a espalhar-se por todo o mundo para mudar este cenário. É necessário pedir o fim dos investimentos em combustíveis fósseis e precisamos da ajuda de todos para fazer crescer a campanha na Europa!
Recentemente, o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo, publicou uma versão preliminar da sua estratégia energética. Apesar de muita conversa sobre uma “economia de baixo carbono”, a sua estratégia ainda prevê bastante apoio a projectos de centrais de carvão e extracção de petróleo. O BERD é gerido por um Conselho de Directores de países accionistas em toda a UE, e queremos mostrar-lhes que as pessoas em casa estão a ver o que está a acontecer. Diria ao Conselho do BERD que é hora de parar de investir em combustíveis fósseis sujos?
O clima está mudando diante dos nossos olhos. Se queremos manter a alteração climática abaixo dos 2° centigrados, e ter a chance de evitar ciclos de retroalimentação catastróficos e um planeta potencialmente incompatível com a civilização humana, então temos que manter 80% das reservas conhecidas de combustíveis fósseis sob a terra.
No entanto, os fundos de investimento continuam a investir as nossas economias em acções de combustíveis fósseis de risco, apostando que podemos continuar a queimar essas reservas; as universidades continuam a aceitar financiamento (e influência) de desonestas empresas de combustíveis fósseis, e os bancos de desenvolvimento, como o BERD, seguem financiando novas unidades de energia suja, que vão-nos aprisionar em décadas de emissões. Está claro que temos muito trabalho pela frente.
Daria o primeiro passo e ajudaria a acabar com o apoio do BERD aos combustíveis fósseis?
Esta campanha é apenas o começo. Em toda a Europa, está a ser preparado o lançamento de campanhas de desinvestimento tendo universidades e outras instituições grandes como alvo, porque os nossos recursos públicos devem ser investidos num futuro habitável, e não numa indústria com a missão de assegurar a destruição do nosso planeta.
texto adaptado