Afinal sempre é finito…

Em 1919, o geólogo norte-americano David White afirmava que o petróleo era um bem finito, e que se atingiria o ponto máximo na sua extracção em 1929. Não imaginava pois este cientista que, passados 80 anos, ainda aqui estejamos a consumir petróleo e, para seu grande espanto, como se este existisse ainda em abundância.

Ao longo dos anos, a ciência proporcionou à sociedade global que os crescentes volumes de extracção e de produção petrolífera fossem em certa medida compensados por consumos de combustível cada vez mais eficientes, empurrando sempre mais para a frente o fim previsível do petróleo.

Só quando se iniciaram os debates sobre as causas das alterações climatéricas que se verificam no nosso planeta, é que se falou seriamente na necessidade de refrear o consumo de petróleo – primeiro numa perspectiva de mitigação dos danos causados ao ambiente, e agora, pela necessidade premente de encontrar combustíveis alternativos.

Embora contribua apenas com cerca de 2% das emissões totais de dióxido de carbono produzidas pela actividade humana, e consuma somente 5% do combustível produzido mundialmente, a Indústria de Transporte Aéreo enfrenta um dos seus piores receios:

NO FUEL – NO FLIGHT

Ao contrário de outros modos de transporte, que dispõem de fontes alternativas de energia, não existem de momento outras opções para a Indústria Aeronáutica. O combustível à base de hidrocarbonetos é o único que fornece as necessárias qualidades e propriedades essenciais para a operação segura do transporte aéreo.

Aeronaves de transporte de passageiros e carga, movidas a energia eléctrica ou solar, ou usando o hidrogénio como combustível, ainda estão distantes. Assim, as aeronaves vão continuar a utilizar combustíveis líquidos num futuro prevísivel – e está assim aberta a corrida aos BioCombustíveis.

Biocombustivel em Avião

Biocombustivel em Avião

Vamos estudar os desafios colocados pela comercialização e distribuição dos Bio-Combustíveis.

Qual a possibilidade dos novos BioCombustíveis utilizarem as redes de distribuição e as infra-estruturas aeroportuárias existentes? Ou será uma necessidade?

E qual o papel e a intervenção dos Estados na fixação de preços e eventuais impostos sobre o seu consumo (à semelhança do que sucede com os combustíveis fósseis)?

Vamos então à descoberta deste novo mundo dos BioCombustíveis para a Aviação.

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